Nesse sábado, dia 29 de agosto, sediamos e participamos a terceira edição da olimpíada brasileira de robótica.
Foram seis horas de pura adrenalina. Pais confusos por não conhecerem as regras. Alunos tentando enviar todo tipo de energia aos robôs na disputa. O evento trouxe aos nossos alunos experiência e espírito de equipe. A cada vitória conquistada por uma equipe da EPSA, era motivada por gritos, aplausos e olhos brilhantes. Não saímos derrotados da disputa pelo resultado final. Mostramos a muitos pais, algo que eles me disseram emocionados: “Os alunos dessa escola sabem vencer e perder. Como vocês fazem isso?”. Respondi firmemente aos interlocutores: “Trabalhamos valores e atitudes para a construção de um ser mais humano”.
Ao longo das partidas, em que eu não mais atuava como juiz, mas como espectador, sempre apareciam pais encantados com a postura de nossos alunos. Tive a oportunidade de ouvir e presenciar ao lado do professor Hiérpoles e da profª Carol, a motivação de duas garotas de outra escola (parente de alunos da EPSA): “Não é justo um robô monstruoso, cheio de metal, lutar com um de LEGO, eu vou estudar aqui, e quando estiver na robótica, quero montar um robô muito lindo, grande e com peças rosa”.
Recebemos a imprensa em nossa escola o Correio Braziliense e a TV Record que gentilmente publicaram o evento com muita imparcialidade e enaltecendo a atividade tecnológica.
Durante todo o primeiro semestre, nos preparamos para a disputa do sumo de robôs. Foram testes, análises, pesquisas e muito trabalho envolvendo criatividade e raciocínio lógico. Obtivemos a 4ª posição no ranking estadual em meio a 16 equipes que disputavam no evento. Perdemos? Não. Vencemos. Demonstramos atitude, respeito e responsabilidade em todos os momentos. Tenho a convicção de uma quarta posição alcançada pelo mérito único e exclusivo da criatividade dos alunos. Vencemos na semifinal o tão temido e respeitado robô da VEX. Para mim, foi válido o campeonato.
Se levarmos à etimologia, somos vencedores. Vencer, do latim vincere, que significa, ter bom êxito em, obter resultado favorável em. Obtivemos resultado favorável na nossa conduta e no nosso modo de agir.
Um educador franciscano aproveita um resultado insatisfatório para mostrar que não se pode ter “salto alto” e que a humildade é um atributo de valor para uma pessoa de bem.
A mesma atitude temos que ter frente às derrotas na vida. Nem sempre ganhamos. Muitas vezes, nossas derrotas, pequenas ou grandes, são inexplicáveis para nós mesmos. Tentamos explicar, justificar, entender. Mas nada nos fará mudar o resultado do jogo.
A verdade, portanto, é que saber perder é tão essencial quanto saber ganhar.
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